Você já sentiu aquela sensação de que algo ruim vai acontecer, mesmo sem motivo aparente? Ou ficou tão preocupado com o futuro que acabou paralisado no presente? A ansiedade, em níveis normais, é uma resposta natural do nosso corpo a situações de perigo. Mas quando ela se torna crônica, pode tomar conta da nossa vida, limitando nossas escolhas e nos deixando em um estado constante de alerta. Hoje, vamos entender o que é a ansiedade crônica, como ela afeta nosso corpo e mente, e o que podemos fazer para lidar com ela. Vamos juntos?

A ansiedade é, basicamente, o nosso cérebro interpretando ameaças que não são reais. É como se o nosso organismo estivesse sempre em modo de alerta, preparado para lutar ou fugir, mesmo quando não há perigo iminente. O medo e a ansiedade compartilham o mesmo circuito cerebral, mas há uma diferença crucial: o medo é uma resposta a uma ameaça real, como um assaltante entrando em uma sala. Já a ansiedade é um medo subjetivo, algo que ainda não aconteceu e pode nunca acontecer.

Por exemplo, você pode sentir ansiedade no domingo à noite só de pensar em voltar ao trabalho na segunda-feira. Seu cérebro começa a sinalizar perigos que não existem: “E se meu chefe me criticar? E se eu não der conta do trabalho?” Esses pensamentos são projeções de um futuro incerto, mas o corpo reage como se o perigo fosse real, liberando adrenalina e cortisol, hormônios que preparam o corpo para lutar ou fugir.

O problema é que, enquanto nossos ancestrais precisavam desse mecanismo para sobreviver na natureza, hoje não precisamos mais caçar ou fugir de predadores. No entanto, nosso cérebro ainda funciona como se estivéssemos na selva. E quando a ansiedade se torna crônica, ela começa a dominar nossa vida. Pessoas com ansiedade crônica vivem em um estado constante de apreensão, sempre esperando que algo ruim aconteça. Isso pode levar a uma série de limitações: elas deixam de fazer coisas que gostam, evitam situações novas e vivem em um ciclo de preocupação constante.

Um dos maiores desafios para quem sofre de ansiedade crônica é a ilusão de controle. O ansioso quer controlar tudo ao seu redor, mas a verdade é que não temos controle sobre a maior parte das coisas na vida. A vida não segue nossos planos, e tentar controlar tudo só aumenta a ansiedade. É como tentar segurar água com as mãos: quanto mais você aperta, mais ela escorre. A chave é aprender a lidar com a imprevisibilidade da vida, aceitando que coisas ruins vão acontecer, mas que também podemos lidar com elas.

Outro aspecto importante da ansiedade crônica são os pensamentos intrusivos. Esses são pensamentos negativos e repetitivos que surgem sem aviso e parecem impossíveis de controlar. Eles podem ser sobre falhas passadas, medos futuros ou situações hipotéticas que nunca vão acontecer. O problema é que, quanto mais você tenta não pensar neles, mais eles aparecem. É como aquele exercício clássico: “Não pense em um elefante.” O que acontece? Você só consegue pensar no elefante.

Pensamentos intrusivos são um sinal de que o nível de ansiedade está muito alto. Eles não surgem do nada; são o resultado de um acúmulo de estresse e preocupação. Quando o “copo” da ansiedade enche demais, ele transborda, e os pensamentos intrusivos são uma forma de o cérebro sinalizar que algo está errado. Para lidar com eles, é preciso baixar o nível geral de ansiedade, seja através de terapia, meditação, exercícios físicos ou outras técnicas de relaxamento.

A ansiedade crônica pode ser paralisante, mas ela não precisa controlar a sua vida. Entender que a ansiedade é uma sinalização do cérebro, e não uma realidade, é o primeiro passo para lidar com ela. Aprender a aceitar a imprevisibilidade da vida e a soltar a necessidade de controle também é fundamental. E, claro, buscar ajuda profissional quando necessário.

Se você se identificou com algum dos pontos discutidos neste texto, não hesite em procurar um psicólogo ou psiquiatra. A ansiedade crônica é tratável, e você não precisa enfrentá-la sozinho. Se este conteúdo foi útil para você, deixe seu like, inscreva-se no canal e ative o sininho para não perder nenhum conteúdo novo. Compartilhe este vídeo com alguém que você sabe que também precisa ouvir isso. E se você tem alguma experiência ou dica sobre como lidar com a ansiedade, compartilhe nos comentários.

Vamos aprender juntos!

Adilson Costa

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